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1 de set. de 2007

O que a empresa espera de mim? E o que posso esperar em troca?

Uma amiga muito sábia já dizia: "quando você troca de emprego, os problemas não desaparecem: só mudam de lugar". Pense bem, não existe emprego ou empresa perfeita. Se o chefe incomoda, num lugar novo ele é bacana mas a empresa não é tão estruturada e eficiente quanto à outra. A que ficava longe de casa e te submetia a um trânsito infernal agora é perto, mas o pessoal não tem hora pra sair. Salário maior, autonomia menor. Escolhas. Quais delas nos incomodam menos, quais delas nos interessam mais? Só não dá para ter tudo. Nem todos têm essa clareza de objetivos pessoais ou auto conhecimento para discernir o que é melhor. É uma maturidade que vai se desenvolvendo com o tempo.

Tampouco as empresas ajudam. Existe uma relutância enorme em assumir suas fragilidades, admitir isso para os candidatos e os funcionários. As empresas deveriam abraçar seu lado bom e conviver com menos stress e hipocrisia com o lado negativo, sem iludir os funcionários que vão mudar um dia (a omissão também comunica). As empresas deveriam ter uma atitude assim:

"Aqui se aprende muito, o tempo todo, porque temos a melhor tecnologia do setor e profissionais de primeiro nível. Mas as decisões são demoradas porque gostamos de envolver vários profissionais e departamentos antes de cada passo importante. Sabemos que pode ser irritante às vezes, mas é o nosso jeito. Isso é uma escolha, não um acidente. Se te incomodar demais, aqui pode não se o lugar certo para você."

Chama-se clareza de expectativas do contrato informal de trabalho. A maioria das empresas não têm isso por escrito, nem costuma estar muito claro, mas deveria. Nos EUA, é mais comum, se chama "employment deal". Afinal, responde a uma questão simples mas vital: "Funcionário, o que eu espero de você?" e "O que você pode esperar em troca?" É uma questão central de RH: ajudar a empresa a definir sua identidade enquanto local de trabalho, as características que lhe são próprias e propositais versus as que se desenvolveram como um acidente ou uma anomalia e um dia poderão ser diferentes. Não é para pintar um lugar perfeito, ninguém mais acredita que existem empresas assim. Pelo contrário, clareza e honestidade sobre suas fraquezas e desvantagens poderiam ser enormemente admirados pelos profissionais e candidatos, o que seria uma grande inovação em RH. Mas são escolhas que o RH também precisa fazer sobre o que deve ficar como está e o que acredita que pode contribuir a mudar na empresa. O que depende muito dos objetivos e estratégias de negócios, da mão de obra que se quer reter e atrair e do que pensam as pessoas que já trabalham nessa empresa. Um RH estratégico começa por aí: com coragem para apontar caminhos e fazer escolhas.

Um comentário:

Anônimo disse...

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