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8 de mar. de 2007

O que há para comemorar


Esta pesquisa é ótima para comentar hoje - Dia Internacional da Mulher: estudo realizado pelo professor americano Kirk Snyder da USC e publicada no site da revista Details aponta que chefes gays são melhores para suas equipes do que os heterossexuais. Ele pesquisou executivos por cinco anos e comparou o nível de satisfação e engajamento de seus funcionários: os liderados por gays apresentaram níveis de 35 a 60% superiores ao dos liderados por héteros! Os estudos sobre as qualidades femininas que as colocam em vantagem e destaque em relação aos homens - héteros, que fique claro - são fartos e bem divulgados, embora esses atributos ainda não tenham se refletido em termos númericos proporcionais nos postos de comando das empresas. Ou seja, qualidade ainda não significa quantidade. O mundo não é justo, muito menos nas empresas.

Mas, um momento: e um estudo com chefes que praticam yoga e vegetarianos versus sedentários carnívoros. Ou praticantes de esporte radical teriam atributos únicos para oferecer? E orientais? E mineiros? E chefes com mais de 60 anos comparados com os - cada vez frequentes - de 25? Sabe porque não existem estudos conclusivos sobre estas comparações? Porque não existem respostas para elas.

Fato: o mundo machista e heterossexual vem se abrindo para usuários de piercings, surfistas, ufologistas, funkeiras, mães solteiras, sexagenários nas empresas. Quem comanda melhor é uma questão de situação, desafios, formação e experiência, equipe a ser liderada. O que há para comemorar é que cada vez mais as empresas se abrem para incluir mulheres, gays e outras minorias mais sutis e menos institucionalizadas. Pessoas que não precisam ter o estereótipo "pai, casado, chefe de família" de 10 ou 20 anos atrás. Pessoas que podem ingressar e agir como elas mesmas sem separar sua personalidade como duas entidades antagônicas - a de fora da empresa e a outra de dentro. Estão aprendendo a conviver junto, procurar e valorizar suas qualidades, julgar por resultados e não por comportamentos que não têm nada haver com desempenho. Máscaras e fantasias de trabalho podem ficar em casa na hora de procurar emprego e trabalhar. O guarda roupa pessoal e profissional um dia será único para todos. E quem sabe ainda vamos comemorar o Dia da Diversidade Total nas Empresas.

2 comentários:

Claudio C. Yoshimura disse...

Parece que a mundo está precisando de novas fórmulas para velhos problemas, simplismente porque estes problemas ainda não foram solucionados da forma convencional. É fácil fazer o papel do funcionáriode de perfil médio, camuflado sob o mando da maioria que domina os melhores salários e a maior parte dos cargos de diretoria, como os homnes casados, entretanto a mulher e outros tipos de funcionários querem e precisam fazer mais para conquistar o seu lugar. Isso sim é a atitude ideal.

Anônimo disse...

Parabéns pela coragem de se lançar no mundo e trazer temas importantes para serem discutidos de forma madura nas organizações. Sempre houve a diversidade, a natureza lida com ela com a mais pura beleza e sem preconceitos. Mas na terra dos homens....... só agora se fala em lidar com a diversidade. Uma hora este mundão vai ficar melhor, pq bom já é.
Como sugestão ao tema, gostaria de sugerir a leitura de um dos mais belos livros que li. Chama-se "Saber Cuidar" do Leonardo Boff. Ed. Vozes